terça-feira, 29 de junho de 2010

CURSO COM AZIZ (mÉXICO)



O curso do Aziz foi um presente. Há tempos eu queria descobrir um pouco mais sobre a formação tradicional porque vejo nela uma possibilidade que pode dialogar com a formação do “clown pessoal”. Pois foi ali que eu encontrei resposta a reflexões que venho tecendo.
Primeiro pensava esse diálogo dava-se na utilização dos números (entradas, esquetes, gags) inseridos como um elemento a ser usado pelo palhaço iniciado no “clown pessoal” (momento no qual supostamente teria adquirido os fundamentos da linguagem do palhaço). Hoje vejo de outro modo: a apropriação competente desses números, exige do aprendiz de palhaço a apropriação dos princípios.
No fundo entendia que se podia ir dos números (como método de aprendizado dos fundamentos) à marca individual de cada palhaço, mas sempre pensava esse movimento apenas àqueles que estão em trajetória circense. E não necessariamente... Com Aziz entendi claramente que a apropriação da tradição ensina os fundamentos e que ela pode ser reforçada com exercícios sem cenas para a apropriação desses princípios. E junte-se a esses ingredientes ferramentas da formação do clown pessoal. Eis aí a matriz do que agora eu gostaria de experimentar como treinamento.
Pretendo propor a um e a outro que encontrei no curso... os mais afins (de afinidade)...
Quem sabe começar um tímido treinamento com esses colegas de palhaçaria esse semestre... vejamos o que consigo mover...



Noutras perspectivas (sobre o curso), o trabalho do Aziz me encantou porque tocava muitas inquietações minhas...
- o afeto do palhaço.
- a RELAÇÃO com o PÚBLICO.
- a calma com energia na execução da cena.
- partitura de gestos de um por vez, sem aceleração, precisa.
- o tempo de uma respiração como o possível tempo de um gesto.

Daqui eu poderia citar outros tantos elementos referente à linguagem do palhaço... mas esses particularmente instigam minha investigação artística...
Ao mestre com carinho...

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